Sempre que eu vou visitar-te, passo por debaixo dos plátanos. Sinto saudades daquele beijo debaixo daquela árvore. Ninguém podia ver. Ninguém devia ver. Ele era só nosso. Todos são só nossos. Mas aquele foi especial.
Lembro daquele beijo na frente do hospital. Madrugada. Ninguém na rua. Frio congelante. Voltávamos pra casa. Uma longa e cansativa viagem. A vigia ficou olhando. Ela viu.
E as folhas caem, os ventos sopram e os beijos ficam guardados.
Mas na hora certa eles voltarão, debaixo das árvores, nas poças de água, nos orelhões em dias chovosos.

















As folhas de plátano na chuva.

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