Ela estava no auge! Cursava a faculdade que sempre sonhara, tinha a liberdade dela, a grna e fazia o que queria. Até que um dia conheceu um cara. E ficou grávida. Quanta tolice, eu diria!
Sabe, ela podia ter feito um aborto e seguido a vida, terminado o curso, ganhado mais grana e aí sim, podia ter filhos, mas não, ela me deixou nascer e transformar a vida dela.
Não sei direito, ainda, o que é ser a irmã mais velha. A diferença de idade entre eu a mana é bem pouco, então nunca tivemos muito esse negócio de "me respeita que eu sou mais velha!".

Eu pensava que fazendo coisas de guri meu pai ia me amar e voltar pra casa, mas isso nunca aconteceu. Ainda bem!
Aqueles dias que passei com eles percebi que minha vida sempre foi muito melhor sem um pai e que a falta que eu pensava sentir era só algo que eu tinha imaginado. Meus irmãos mais novos, os filhos dele, esses sim precisam de alguém que os proteja. Me senti meio mãe quando as duas meninas, uma de 11 e a outra de 13 anos me pediam pra fazer coisas de irmã mais velha e contar sobre os namorados e como foi o primeiro beijo e como era ser gente grande. Me senti gente grande. Ainda não penso em ter filhos. Nem em largar tudo pra cuidar de um. É uma idéia bem imatura ainda, mas mãe, eu me orgulho de ti Véia!
Um dia, algum dia, eu queo ser pelo menos um pouquinho da mulher que você é!
Da tua filha desastrada, desnatura e irresponsável, que ainda não sabe como demosntrar o amor que sente, Emilie Boeira.
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